sexta-feira, novembro 22

Tired.


Cansei-me de tudo um pouco, cansei-me de abrir mão da minha felicidade para que os outros a possam ter, cansei-me de fazer tudo e nada receber, cansei-me de andar iludida e de viver no meio de desilusões. Prefiro viver no meio da dor de que na ilusão porque a enquanto vivo na dor sei com o que posso contar, habituo-me e não me magoo mais do que aquilo que estou e na ilusão tudo parece perfeito, estou bem no topo e quando dou por mim já estou caída no chão e completamente quebrada como se fosse uma boneca de porcelana que quando caí fica em cacos.

De tantas vezes que me iludi e caí criei um muro à minha volta. Mas nem mesmo esse muro me protege e me dá segurança.

Estou cansada, simplesmente cansada de tudo... de um momento para o outro o tudo que eu idealizava ter é um nada, de sorrir para esconder as minhas lágrimas, de ser forte para os outros quando não o sou para mim...
No meio do cansaço tenho os sentimentos feridos, o meu coração sabe o que sente enquanto que a minha mente não sabe o que pensar. Odeio sentimentos, odeio o facto de criar expectativas e ter esperanças onde elas não existem, o facto de tudo o que é sério para mim é um brincadeira para a outra pessoa. Odeio que de um momento para o outro tudo o que tinha desapareça num piscar de olhos sem razões ou porquês, odeio que pense sempre na felicidades dos outros que na minha.
É de mim ser assim, fazer tudo e dar tudo de mim a todos e esperar que quando precise me dêem um milésimo daquilo que lhes dei. Mas de tantas vezes que esperei fui ganhando cada vez mais marcas, feridas mal cicatrizadas que doem a cada vez que tento seguir em frente. Assuntos mal resolvidos, feridas abertas e mal cicatrizadas, mágoas, erros por serem perdoados, falhas por emendar e lágrimas por derramar.
Sempre aprendi que tudo, todos os obstáculos que a vida nos mete e impõe é para nos tornar mais fortes mas a cada dia que passa sinto-me mais fraca para ultrapassar o quer que seja e lutar por o que for ou quem for. Sinto-me impotente sem poder ajudar quem precisa de mim, sinto que nada do que faço é bem e suficiente.
É...quando penso que nada me derruba vem uma brisa e leva-me. Por vezes gostava que me levasse a vaguear por aí sem destino e sem data de regresso marcada, simplesmente gostava de poder sair desta realidade e viver os meus sonhos, bem longe daqui e de todos.
Por vezes a melhor companhia é a nossa, o silêncio o melhor discurso...
É tão fácil sentir-nos mal que vira rotina. O facto de os meus pensamentos não me deixarem, e os meus sentimentos não acalmarem, cansa-me.
Gostava de ter paz, um segundo que fosse...

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