domingo, novembro 30

Another one


Já há muito que não escrevo, talvez por não ter motivos para tal, por estar feliz e não ter um momento em branco para tal coisa. Normalmente escrevo quando algo está mal, errado, quando algo se passou. Os últimos textos foram escritos em momentos de felicidade…
Mas essa felicidade fugiu me por entre as mãos, tudo tem parecido um buraco negro, que quando finalmente saio ele ou caio ou me atiram, novamente. Não sei o que se passou ou que originou esse buraco mas sei que ele existe e é assustador. Olhar para trás e ver tudo aquilo que se passou, tudo aquilo que consegui, conquistei, conquistamos…a ir agora com o vento, dói.
Merda, merda, merda!!
Merda para a distância, merda para o ciúme, merda para as inseguranças!
A distância é boa para ver o quanto gostamos uma da outra…é não…foi boa…já chega! Basta de distância, ambas sabemos o que sentimos, o que faríamos e onde iríamos uma pela outra, basta de sofrermos por estarmos longe, por não termos tempo ou condições para estarmos juntas, chega de esconder o que está à vista de todos. Chega de sorrisos falsos quando esta distância nos ‘mata’ por dentro e o nosso desejo é chorar agarradas uma à outra. Chega de armarmos nos em fortes quando forças não temos.
Custa estarmos juntas e olharmos uma para outra como se nada fossemos apesar de nos conhecermos como ninguém. Custa olhar para ti e já não ver o que via, já não sentir o que sentia, perceber que fomos perdendo o que tínhamos e que, como tu dizes, já não temos metade do que tínhamos. Dói perceber isso, dói ter que enfrentar isto. Acordar e perceber que a cada dia que passa mais distantes vamos ficando uma da outra mais uma coisa é perdida entre nós, que tudo se está a ir embora, uma a uma, até que no fim nada nos ligará.
Porquê? Porquê isto? Porquê tanta complicação? Porquê tanta confusão? Porquê tanta ‘discussão’? Porquê tanta frieza? Porquê?
Ambas sabemos o que sentimos e queremos, então porquê isto?
Sinto que estou sobre uma corda a milhares de metros do chão, onde um pé em falso tudo desaparece...

Tu e eu…chegamos à parte em que teremos de lutar sem forças…

16.

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